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🧠 Disforia: quando algo dentro de si não encontra lugar no mundo

  • Foto do escritor: Robson Oliveira - CRP 05/79640
    Robson Oliveira - CRP 05/79640
  • 11 de jun.
  • 2 min de leitura
boneco masculino com simbolo do feminino e boneco feminino com simbolo masculino

Sabe aquela sensação de estar desconectado de si mesmo, como se algo não encaixasse? Para muitas pessoas, isso vai além de um mal-estar passageiro — é um sofrimento persistente, intenso e difícil de nomear. É aí que entra o conceito de disforia, uma experiência psicológica que pode afetar profundamente a vida emocional, social e até mesmo física de quem a vive.


Disforia é um termo que define um estado de angústia ou desconforto intenso, geralmente relacionado a aspectos internos da identidade, emoções ou do corpo. Diferente da euforia (estado elevado de bem-estar), a disforia é marcada por um mal-estar persistente, que pode estar ligado a diversos contextos — e por isso, possui diferentes formas e causas.


🧩 Tipos mais comuns de Disforia

A disforia pode se manifestar em diferentes esferas da vida, e entender suas formas é o primeiro passo para acolher esse sofrimento com profundidade:


1. Disforia de Gênero

É uma das formas mais conhecidas. Acontece quando há uma incongruência entre o gênero atribuído ao nascimento e a identidade de gênero vivida pela pessoa. Essa desconexão pode gerar sofrimento psíquico, ansiedade, depressão e baixa autoestima, especialmente em contextos sociais marcados por preconceito e exclusão.

O tratamento psicológico nesse caso não busca “mudar” a identidade da pessoa, mas sim acolher, validar sua vivência e oferecer suporte emocional para sua autonomia e bem-estar — podendo também incluir apoio no processo de transição, se for o desejo do paciente.


2. Disforia Pós-Parto

Diferente da depressão pós-parto, a disforia pós-parto costuma surgir nos primeiros dias após o nascimento do bebê, como um estado de grande instabilidade emocional, irritabilidade, tristeza e choro frequente. Pode estar relacionada a alterações hormonais, à nova rotina ou a conflitos emocionais com a maternidade.


3. Disforia Pré-Menstrual

Uma condição intensa que vai além da TPM. A disforia pré-menstrual envolve sintomas psicológicos severos, como irritabilidade extrema, sensação de desesperança e alterações no sono e apetite — interferindo nas atividades diárias e nas relações da mulher.


4. Disforia em quadros de transtornos de humor

Em casos de transtorno bipolar ou transtorno depressivo maior, pode haver episódios disfóricos — momentos em que há mistura de sintomas depressivos com agitação, raiva e impulsividade. Exigem atenção clínica especializada.


🧘‍♀️ Como a psicoterapia pode ajudar?

A disforia, em qualquer forma, não é frescura. É sofrimento legítimo. E justamente por isso, merece um espaço de escuta ética, sensível e sem julgamentos.


Na Gestalt-terapia e na abordagem fenomenológica-existencial, olhamos para o sujeito como um todo, considerando seu contexto, sua forma de viver e suas dores como expressões válidas da sua experiência. A psicoterapia oferece um espaço para:

  • Nomear e compreender os sentimentos;

  • Validar as experiências internas, muitas vezes silenciadas pela sociedade;

  • Encontrar recursos internos para lidar com o sofrimento;

  • Resgatar o sentido e a autenticidade nas escolhas.


🌈 Se você vive algum tipo de disforia, saiba: não está sozinho(a). Seu sentir importa. E merece ser acolhido com respeito, profundidade e cuidado.


 
 
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