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🎰 Ludopatia: Quando o jogo deixa de ser diversão e se torna um vício silencioso.

  • Foto do escritor: Igor Lima - CRP 05/79639
    Igor Lima - CRP 05/79639
  • 11 de jun.
  • 2 min de leitura
um homem vestindo um casaco com capuz e cartas de baralho na mão

Você já percebeu que algumas pessoas jogam não só por diversão, mas como uma fuga da realidade ou uma tentativa de aliviar o sofrimento emocional? Esse é o ponto central da ludopatia, um transtorno ainda pouco falado, mas que tem impactado silenciosamente a vida de muitas pessoas. O jogo, quando passa a ocupar um lugar central na rotina, trazendo prejuízos financeiros, emocionais e sociais, deixa de ser passatempo e se torna um vício.


A ludopatia, também conhecida como transtorno do jogo compulsivo ou jogo patológico, é caracterizada pela dificuldade em controlar os impulsos relacionados aos jogos de aposta, como bingos, cassinos, jogos online, apostas esportivas ou até rifas e loterias. Trata-se de um transtorno reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), e pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais.


🔍 Como a Ludopatia se manifesta?

O comportamento compulsivo em relação ao jogo muitas vezes começa de forma sutil — pequenos jogos ocasionais, sensação de controle e prazer. Com o tempo, o jogador passa a aumentar os riscos, mente para pessoas próximas, perde o controle sobre o tempo e o dinheiro gasto, e começa a sofrer consequências graves, como dívidas, afastamento de amigos e familiares e queda no rendimento profissional.

Alguns sinais comuns incluem:

  • Necessidade de apostar quantias cada vez maiores para sentir excitação;

  • Irritabilidade ou inquietação ao tentar reduzir ou parar de jogar;

  • Uso do jogo como forma de escapar de problemas ou aliviar emoções negativas;

  • Mentiras frequentes para esconder o envolvimento com o jogo;

  • Tentativas fracassadas de parar por conta própria.


🧠 O que está por trás da compulsão?

Muitas vezes, a ludopatia está relacionada a dificuldades emocionais mais profundas. Transtornos como ansiedade, depressão, traumas não elaborados e baixa autoestima podem estar por trás do comportamento compulsivo. A aposta surge como uma forma momentânea de euforia e controle — mas rapidamente se transforma em um ciclo de culpa, prejuízo e dependência.


👥 Como a psicoterapia pode ajudar?

O tratamento da ludopatia envolve uma escuta qualificada e um olhar para além do comportamento. Na Gestalt-terapia e na abordagem fenomenológica-existencial, compreendemos o jogo compulsivo como uma tentativa criativa (embora disfuncional) de lidar com dores internas não elaboradas. O objetivo não é apenas “parar de jogar”, mas compreender o que está por trás da necessidade do jogo e construir formas mais saudáveis de lidar com a vida.


A psicoterapia proporciona:

  • Aumento da consciência sobre os gatilhos emocionais;

  • Identificação de padrões repetitivos;

  • Fortalecimento da autonomia e do autocuidado;

  • Reconstrução das relações afetivas e da autoestima.


🌱 Se você ou alguém próximo está vivendo esse tipo de sofrimento silencioso, saiba que é possível buscar ajuda e ressignificar essa relação. O primeiro passo é reconhecer que o problema existe e abrir espaço para o cuidado.



 
 
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